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sexta-feira, 28 de março de 2008

Seu Comentário...

Todo comentário sobre este blog,
por favor escreva aqui...

Um comentário:

Poeta Clebber Bianchi disse...

Belíssimo Blog, Tonho França muito lido por mim, Tonho é um grande guru inspirador. Adorei Mariposa de Paulo Francó, é perfeito!!!...

Maria Eugênia está de parabéns por sua veia poética cultural...


"Tenho pensamentos que, se pudesse revelá-los e fazê-los viver, acrescentariam nova luminosidade às estrelas, nova beleza ao mundo e maior amor ao coração dos homens.

"(Fernando Pessoa, em "O Eu Profundo")
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"POETAS NA FEIRA"

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João Pedro Tuccori Pupo – Jony Pupo.
Cidade Natal: Rio de Janeiro.

João Pedro, o Jony, nasceu Tuccori Pupo em 6 do 10 de 87. Conta-se que não se podia ouvir música por perto que o bebê se estribuchava inteiro dançando. Em meio a perdas e ganhos, chegadas e partidas, há o seu escrever, cujo único objetivo é um dia ser pura poesia, sem papel e nem caneta.

Contato!
emaildojony@hotmail.com

LIVROS PUBLICADOS:
- Livrê I e II (sem editora – produzido artesanalmente)

“ O POEMA MAIS LONGO DO MUNDO”

Sarcasmo meu
dar este nome
ao poema
que você já leu.

***

“Dois”

Sopram-me os versos.
E quem chega mesmo
até mim são os
restos.
As partes finais
do que sobra.
As rugosidades.
As ranhuras
as dobras.

E as aventuras...
Eu as traço e marco
num papel,
cravando-as nalgum
lugar entre o céu
e o inferno.

Todo resto de
poema é eterno.

***

Toda palavra é verde.
É uma janela.
È uma verdade,
daquelas que
já não existem mais.

Toda palavra é uma fuga.
È um escape.
È por onde algo escorre,
ao mesmo tempo em que
a palavra se escorre
por si só.

Toda palavra é,
íntegra com ela mesma.
E toda palavra se
basta.

Queria ser tua,
a palavra.
Queria ser tua palavra,
qualquer palavra serve.

***

“Usando uma cueca muito pequena”
(quem sabe, sabe)
Usando uma cueca
Muito pequena,
eu percebo
o quão válida
é a nudez.

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Poeta: Nancy Romanelli
psicóloga escolar, educadora e poeta.

PUBLICAÇÃO DE SEUS TRABLAHOS
(www.educacao-inclusiva.blogspot.com) (www.toda-prosa.blogspot.com)
contato:nanromanelli@terra.com.br

POESIAS
TRISTEZA EM MIMN

o silêncio da palavrate calo em mim
Na pausa da cançãote embalo em mim
No adormecer da razãote desperto em mim
No rolar da lágrimate expresso em mim
Nancy Romanelli - 09.01.2003
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LEMBRANÇA
está em mim seu retrato
circunscritona
retina – câmera
objetiva
que capta o gesto
a forma o momento
e insere para sempre
em meu álbum de imagens
registro
lembrança
que folheio com a alma
Nancy Romanelli – 19.04.2006

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Poeta- Mirtes Marques
Natural: - Minas Gerais.
Profissão: - Atriz e Poeta.
Livros Publicados:
- "SERENOS DO MUNDO";
"BRUXAS E COMPANHIA"
"BIOGRAFIA DO NUMERO UM."
e mail : - mirtesmarques@hotmail.com

LUCIDEZ
(Mirtes Marques)



Lá na curva, onde tudo claro fica!
E a Vida pesa mais que a Morte!
E a sorte desaba sobre mim!

Encolho-me em qualquer canto!
Pareço vencido, fraco, oprimido!
Que nem mesmo a Morte pode sucumbir!

A Morte temida! Antiga inimiga!
A chamo agora, nobre amiga! Imploro-te!
Leve-me ao colo! Para onde quiser ir!

Lá na curva, onde o abismo e o Céu se encontram!
Onde o começo, parece juntar-se ao fim!

Lá na curva, nada temo! Nada mais importa!
Pareço tão forte! Que até mesmo a Morte! Tem medo de mim!

Vida, velha companheira! De mim tudo soubestes!
Preciso tão pouco! Talvez seja muito!
Pedir que recolhas o meu corpo! Se ele comigo não puder ir!

Brasilografo, voraz, inquieto!
É o bródio! Que não me deixa partir!
Brisa turva! Rio! Brindo! À saúde de alguém!

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Nome do poeta: César Magalhães Borges
Cidade Natal: Guarulhos – SP
- Escritor e professor universitário, César Magalhães Borges desenvolve um trabalho literário, desde 1980, que envolve poesia, contos, crônicas, canções, roteiros para teatro e histórias infantis. Autor independente, César lançou, até o momento, 07 livros.
email contato: cesarmborges@terra.com.br
tel.: 6451-5336
LIVROS PUBLICADOS:
DE POESIAS
- "Passagem" (poemas e crônicas) - Edição do autor – 1985 (edições esgotadas)
- "Contrastes (poemas) - Edição do autor – 1987 – (edições esgotadas)
- "Canto Bélico" (poemas) - 1ª edição - Edição do autor - 1994
- 2ª edição - Edição do autor - 1995
- 3ª edição - Germinal - 2003
- "Bolhas de Sabão" (infantil) - Edicon - 1998
- "Ciclo da Lua" (poemas) - 1ª edição - Edição do autor - 1999
- 2ª edição - Germinal - 2003
- "Três Acordes" (infantil) - Germinal - 2003
- "Folhas Soltas (poesia incidental)" - Edição do autor – 2006

Canto de Todo Dia


Desejo o heroísmo de um dia comum,
A obra-prima do dever bem feito,
A nobreza de quem não é rei,
A virtude de quem tem defeitos.

A maior paz vem
da convivência de opostos,
postos lado a lado
pelo respeito

Os grandes santos
não esperam a vida eterna
com a morte no altar.
Vivem embaixo do mesmo teto
que guarda serventes e arquitetos
e fazem o céu
da vida que do chão trouxeram.

Estrelas que se põem no céu
não serão guias para nossa esquadra
porque não navegam

Nômades os cometas
nada trarão para nossas casas
visto que não sabem morar

O velho saberá o novo
pelo que sucede e antecede
e pelo tempo que viveu

Só a irmandade será mãe
de bons conselhos

E nada
que ignore o nosso ar
poderá inspirar vida

Nada que não concatene
arte e vida
fará qualquer sentido.


César Magalhães Borges
In “Canto Bélico” (poemas).



Tsuru


Caso exista
felicidade
sob este céu,
onde haverá
de estar?

O momento seguinte
trama-se no agora:
um pé no alto,
um passo em falso
e o futuro se descolore;
muda todo o seu traçado

Dobra-se
em dobras
em dobro
se dobra
Dobra-se o momento
para construir o além
desta hora

O exercício constante
- uma dobra,
a persistência
- outra dobra,
a vontade
também se dobra,
o propósito
- mais uma dobra

Um dia quente no inverno,
outro mais frio no verão,
alegria da surpresa,
passo não previsto

Na asa
de papel de seda,
o amor faz
a última dobra

Origâmi delicado
o agora
que se dobra

César Magalhães Borges
in “Folhas Soltas (poesia incidental)”
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Nome do Poeta: LUIZ CARLOS DE MOURA AZEVEDO.
Cidade Natal : São Paulo
Formado em Arquitetura, pela Universidade Mackenzie.
Mestre em Literatura Portuguesa pela USP,
- doutorando na USP, com uma tese sobre a poesia portuguesa pós-1990.
- trabalha como antiquário.
e.mail para contato: poetando@hotmail.com
PUBLICAÇÕES:
LIVRO --O passeio do duque a cavalo e outros poemas - (São Paulo, 2ª. edição, 2004);- várias antologias, entre as quais, Paixão por São Paulo (São Paulo: Terceiro Nome, 2004; sel. e org. de Luiz Roberto Guedes).
- poemas publicados por Marcelo Coelho, crítico do jornal Folha de S. Paulo, para publicação em seu blogue (http://marcelocoelho.folha.blog.uol.com.br/arch2006-08-20_2006-08-26.html), na revista eletrônica Gatilho, da Universidade Federal de Juiz de Fora, MG, em setembro de 2006.

LETTERA 22

saudades da pequena olivetti portátil
apoiada no colo
como clarice

saudades de escrever direto e de frente
face a face com o inimigo
o barulho das teclas acordava os vizinhos
a tinta machava os dedos
as teclas emperradas sugavam sangue

saudades da pequena olivetti portátil
pedindo colo
como criança
(de O passeio do duque a cavalo e outros poemas)


OS SÁBADOS PASSADOS

há muitos sábados atrás
nos anos de celi campelo
vendiam-se sofás-cama a prestações
as praias eram desertas e inacessíveis

há muitos sábados atrás
quando uma viagem era uma viagem
compravam-se os livros ainda virgens
e a lâmina da adaga estalava
ao abrir cada página do romance

há muitos e muitos sábados atrás
quando um passeio era uma aventura
éramos felizes mas ninguém percebia
teu vestido de bolero meus sapatos bicolores
o clube de campo os anjinhos de bochechas
atrás do campo de golfe o matinho as formigas
com salsichas de mentira e bolachas de manteiga
ríamos à toa dois ursinhos de pelúcia

há muitos sábados atrás
íamos ao aeroporto só para tomar café
há muitos e muitos sábados atrás
o cinema oásis era um céu de ventiladores
os anéis de saturno nossos dropes salva-vidas
há tantos e tantos sábados atrás
quando celi campelo era uma menina de saia rodada
nem eu nem você havíamos nascido

(de O passeio do duque a cavalo e outros poemas)
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Rodrigo Augusto Fiedler Prado, poeta de São Paulo/SP

Contista, articulista e poeta, escreve desde 1998.
- É professor de Português, Redação e Literatura nas redes pública e particular de São
- Publica, entre outros, no site www.leialivro.sp.gov.br e participou de algumas antologias, sendo a última, o livro Retalhos, no qual publicou seu premiado conto "O Telefone".
Livros publicados:
- Antologia Século XXI - Editora Phisis;
-Retalhos, antologia de contos e microcontos - Editora Andross
Email pra contato: rodrigofiedler@yahoo.com.br

-POESIAS

“Homens do mar”

Foi num bar à beira cais
Que vi pela primeira vez
Marujos cansados de Mar:
Transeuntes aquáticos sem guelras
Ou escamas
Seres do mar sem espinhas ou barbatanas
Em terra firme
Comendo ainda peixes de lá
De onde andaram por sobre as águas
E pescaram amores com iscas de saudade
Nos anzóis das inverdades – das estórias de pescador.

Famintos, suados, rudes e falastrões
Cada qual com sua verdade de mentira
Sobre gueixas japonesas ou
Cangurus australianos
E redes cheias de ornitorrincos da Oceania
Mas muitos deles nunca saíram dos mares do Brasil
Suas mentes sim – saem sempre
Navegam por mais de sete mares e cinco continentes
Conhecem mil línguas, mil mulheres e infinitos indigentes

Mentes marujas que marejam e margeiam o infinito!

E eu ali calado os fitava com os olhos urbanos de quem navega no asfalto
E nem que eu falasse bem alto
Naquela torre de babel do encontro dos quatro cantos do mundo
Seria quiçá escutado
Ouvido
Reverenciado

Pois eu ali, era nada
Para eles eu nem ali estava...

Ninguém estava...

Nem eles estavam...

Porque para sempre, aqueles homens transeuntes aquáticos sem guelras
Estariam no mar
Mesmo em terra firme, eles estavam no mar.

“Sonhos Horizontais”

Lá na linha do horizonte
Moram meus sonhos bons
Principalmente quando os vejo do cais
Ou de uma praia qualquer

Quando vejo navios que chegam e partem
Navios que singram mares
E sangram saudades
Sempre atrás de um bom destino

Estão nos mares meus caminhos
E eu nem preciso saber nadar
Não preciso mergulhar neles para ir atrás de meus sonhos
Mas gosto do gosto de sal que fica em minha pele.

Ondas os trazem à praia
Netuno os faz reais quando emergem na orla da praia
E aí, eu catador de conchas de Sonhos Vivos
Escuto mensagens em seus caracóis

E aplico estes ditos em Atos do cotidiano
E os vejo, de fato, reais
Eu insisto assim em sonhar com linhas do horizonte
Meus Sonhos Horizontais.

(Rodrigo Augusto Fiedler em 13/10/2005)

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Poeta: Antonio de Araújo
Cidade: Poeta da cidade de Osasco S.P, realiza no momento um importante trabalho sócio-cultural de arrecadação de livros que serão doados às comunidades carente- Incentivo à leitura.
e-mail: antonioaraujo@br.spiraxsarco.com
PUBLICAÇÕES

· SEMENTE DO AMOR –2ª Edição livro solo, tendo realizado seu lançamento na XIX Bienal do Livro em S.P (2006 – Ed. Scortecci)

· OLHOS D’ALMA – Antologia - (2004 – TexgrafEditora e Editora Sua Cara Ltda)

· ESCREVENDO MULHERES – Antologia - ( 2002 – Litteres Editotra e Casa do Novo Autor)

· CONSTELAÇÃO DE POETAS VOL.II – Antologia - ( 2002 Ed. Scortecci)

POEMAS

A LUA E O POETA


És linda e repleta de formosura,
As madrugadas tornam-se mais belas
Com tua nobre presença que é
Um verdadeiro espetáculo.
Marcaste meu coração com esta
Luminosidade infinda, sendo eleita
a musa deste etéreo poeta.

Estamos em perfeita sintonia,
Saio todas as noites à tua procura
E quando vejo-te, sinto em meu
Interior um turbilhão agitando
Freneticamente, restaurando as
Energias, acalentando minhas
Frustrações e desventuras...
Resgatando a esperança.

Lua cheia, minguante ou nova,
Independente da tua fase
Serás sempre linda e maravilhosa.

MULHER

Símbolo da fertilidade,
Carrega em ti o ciclo da vida,
Dando continuidade à espécie humana.
Tens o dom do amor,
A dádiva de fazer do teu corpo
Abrigo à humanidade.
Uma máxima por muitos é conhecida:
“abaixo do amor de Deus
somente o amor de mãe”,
bem aventurada és tu, mulher!
Abençoado seja o teu ventre!
Que procria! Que dá a luz!
És forte! és sábia!
Grande exemplo encontramos em ti,
Que mesmo sofrendo as dores do parto,
Observamos um largo sorriso,
Contemplando o filho teu...
Lágrima de dor e felicidade se encontram
Num momento de puro êxtase.
Parabéns mulher!
Parabéns mamãe!
Teu colo é porto seguro
Onde ancoramos nosso barco
E jamais tememos qualquer tempestade!
Parabéns mulher!
Pois sem teu carinho,
Sem a tua doce companhia
Nos perderíamos no extenso caminho.
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MIRO
Nome: Almiro Dottori Filho
Poeta paulistano, escreve desde os quinze anos, Cursou Letras na Universidade de São Paulo e licenciou-se em Pedagogia. É professor de Língua Portuguesa e Literatura e pesquisador em Lingüística, área em que é mestre pela PUC-SP.

LIVROS PUBLICADOS
Sonetos (Refaz em cada gesto...)
Editora J. Anesi.
Participou de antologias publicadas pela Editora Paulus, de São Paulo, com crônicas. Teve trabalhos e artigos publicados em revistas voltadas para a Educação.

POESIAS


Menina-Mulher
Almiro Filho

Agradece sempre a graça da vida:
Não é comum essa luz que te ensina
Despertar sorrisos, ser querida,
Ter dotes de mulher, e ser menina.

Vê no espelho que mágica doçura
Inspiras com teus olhos de carinho,
E tenta imaginar quanta ternura
Permeia cada passo em teu caminho.

Como pode a dor ser acolhida
Em alma tão pura, que só irradia
Encanto e paz, beleza desmedida?

Por tudo isso, se um mal te entristece,
Por certo é passageiro, e entenderás um dia
Que ele é tão pequeno, e não te merece!


Almiro Filho

Quero ser para sempre a companhia
Em tua vida, que é a minha vida,
Ser teu pão, tua noite, ser teu dia,
Gozar com teu prazer, te dar guarida.

Saber o que me falas, sem dizer,
Velar teu sono e só sonhar contigo,
Ser o primeiro em teu amanhecer,
Amante inteiro, teu melhor amigo.

Ainda que de tudo e tão intenso
Eu possa te fazer com alegria,
Bem mais eu quereria ter-te feito,

Pois meu amor, a tudo o mais, infenso,
É escravo que não se alforria,
Preso pra sempre dentro do teu peito.
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Tonho França
Nome do Poeta: José Antonio Muassab França
Cidade Natal : Guaratinguetá-SP
Endereço de email para contato:
assessoriadeimprensa@ajato.com.br

LIVROS DE POESIA PUBLICADOS:
-Entre Parênteses ( Editora Komedi) - esgotado
- Sinos de Outuno(Editora Komedi
-Blues à Tarde (Editora Multifoco)

“Escrevo não para agradar ou convencer. Escrevo o que minha alma grita e meu coração extravasa, por devoção à arte. Escrevo por ser extremamente a verdade”, afirma Tonho França, em entrevista concedida no Rio de Janeiro, por ocasião do lançamento de seu livro Blues à Tarde.


Obras

Blues à tarde ( com flauta doce...)

Pausa à tarde ecoa flauta doce

Pelos canteiros da avenida
Brilha um alecrim-de-angola distraído
O charuto cubano mantém-me sóbrio
Apesar do cheiro de anis
(não aspiro à pressa dos prédios e dos homens)
Os elevadores presos no subsolo
Deixam-me com sensação de liberdade e improviso
(lembram-me blues, solos de blues)
Ainda tenho uma ampulheta,
Uma estatueta de louça
Fotos onde amarelam sorrisos de tantos amigos
(todos ali estáticos como se não houvessem partido)
Um sax americano dos anos sessenta
E alguns selos antigos
(o camelô da esquina vendia-me até sonhos...)
mas o charuto cubano é legítimo
essa lágrima que verte sozinha, é legítima
o verso que hoje não escrevi
fez-se por si e é legítimoe
essa pausa á tarde que ecoa flauta doce,
faz o sol pôr-se em mim,
sol em mimsolos de blues,
solos de blues,
solos de mim...

do livro Blues à Tarde – pag.54/55-



UNS VERSOS, NADA MAIS

A primeira vez que morri,

Você não estava por perto.
Os vaga-lumes teimavam em acender
Um outro verso,
E fora de mim, tudo seguia a fria rotina.
A primeira vez que morri,
Desejei que chegasse de repente,
Espantasse os encantos, quebrasse os vasos,
Tomasse-me de uma vez, como um vinho.
E me espalhasse, como cartas na mesa,
E como se eu fosse pão, se fartasse,
Como se fosse sua música, se embriagasse
E de novo dançasse nua,
Pegando meus pedaços, sem culpa,
No arco-íris da rua.

da rua.Tonho França- do livro Sinos de Outono- pág.97






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Nanno Giganthy
Nome do Poeta: Ernani Mauricio Fernandes
Cidade Natal : São Paulo/SP
Endereço de email para contato: metafisica21@hotmail.com
Livros de Poesias Publicados:
-Teorema da Metafisica 2002 - Esgotado
-Sou Anti Mundo Mas Não Sou Imundo 2004
-Posso Falar 2005
-Um Homem, Uma Mulher 2005
-Implosão de Pandora 2006
-Liberdade de Expressão 2008

Poeta Marginal

sou marginal
mas
não sou igual

tenho
a lúcida visão
do mundo desigual

sei
que o homem
é uma fera animal

em que o seu
deus é do mal


não sou igual
mas
sou marginal

vivo
na paralela
da angústia existencial

o meu tempo
é agora

a minha memória
é imortal

Liberdade de Expressão

1
a liberdade de expressão
não é só minha
e nem tua

é de todo o mundo!

muita calma para pensar
e ter tempo para sonhar
apesar
de sermos descrente deste mundo

a nossa tristeza
é de que
o mundo de agora
pode se acabar
na curva do Tempo!

Tenho a plena consciência
de que expressar a liberdade
implica em derrubar totens e tabus

e o ponto final
é a guerra com o Estado

sei disto desde os anos 50 e 60

o desafio
ao Estado
era a palavra de ordem
num questão da desordem

eram os princípios da minha juventude

influenciada por Nietzsche
que comparou essa acomodação
do sujeito com a vida
com a placidez ruminante do bovino

Daí recomendar
para romper com essa pasmaceira
seguir-se uma vida perigosa

audaz
arriscada
e até violenta

Tornar a existência
uma aventura
e viver perigosamente

foi o seu conselho

2
a liberdade de expressão
não é só minha
e nem tua

é de todo o mundo!

muita calma para pensar
e ter tempo para sonhar
apesar
de sermos descrente deste mundo

a nossa tristeza
é de que
o mundo de agora
pode se acabar
na curva do Tempo!

Tenho a plena consciência
de que expressar a liberdade
implica em derrubar totens e tabus

e o ponto final
é a guerra com o Estado

sei disto desde os anos 50 e 60

o desafio
ao Estado
era a palavra de ordem
num questão da desordem

eram os princípios da minha juventude

influenciada por Brecht
que deu o básico
para a consciência política

O pior analfabeto
é o analfabeto político

Ele não ouve
não fala
nem participa
dos acontecimentos políticos

Ele não sabe
que é o custo de vida
o preço do feijão
do peixe
da farinha
do aluguel
do sapato
e do remédio
que dependem
das decisões políticas

O analfabeto político
é tão burro
que se orgulha
e estufa o peito
dizendo
que odeia política

Não sabe
o imbecil
que de sua ignorância política
nasce a prostituta
o menor abandonado
o assaltante

E o pior de todos os bandidos
o político vigarista
pilantra
corrupto
e lacaio
das empresas nacionais
e multinacionais



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Nome do Poeta: Marcelo Marques
POETA E PINTORCidade Natal : São PauloEndereço de email para contato: mr.marks@bol.com.brSITE: http://br.geocities.com/mmarksweb/
LIVROS DE POESIA PUBLICADOS: Coletânea Estudantil de 1988. Venceu o I Concurso Centro Cultural Aricanduva (Troféu e Antologia) em 2000, com o poema "Amor à Distância". Outras publicações: 1995 - II Coletânea Poética Sampoesia; 1996 - Palavras de Poetas Antologia VI; 1999 - Painel Brasileiro de Novos Talentos 2; 2001 - 1a.Antologia Cantinho do Poeta; 2002 - Antologia Poetrix; 2004 - São Paulo em Prosa & Verso; 2006 - Antologia Tudo é Poesia, com o Poema "Feitos Inteiros"; 2006 Antologia Amar é tão bom..., com o poema "Amar é tão Bom".

AMORES ENTRE SAUDADES Marcelo MarquesA tristeza da partida permanece em algum canto, Mas a vida vai seguindo seu destino, o Tempo avança, Ora encantos e agonias... Ora risos ora prantos, Renascendo em cada dia, algum motivo de esperança.Entre espaços, surgem traços; Novos passos nos caminhos,Sombras, luzes. Noites, dias. Gritos! Brados! Burburinhos...E a vida se renova, entre chegadas e partidas,Nada mais é como antes... O presente logo acaba,Transformando-se em passado; Como sempre, o Sempre é nada.Refazendo-se em distante, o que estava ao nosso alcance,Enquanto nos aproxima, do que nem havia chance.Saudades sempre escondidas em um canto da memória,Aparecem vez por outra, pra lembrar o que se sente,Unindo o nosso presente, aos sentimentos de outrora.Dores, prazeres, pessoas... Numa emoção diferente.A diferença é o Tempo, que traz e leva momentos,De vez em quando retornam, nos vieses das lembranças,E nos faz acreditar que terão fim os sofrimentos:Se houver eternidade, lá estão as esperanças.
* * *
©Marks 2007 – 05’Fevereiro


ESPAÇOS (Passos desiguais)
Marcelo Marques

Pessoas passam,
Em diferentes passos;
Lentos, apressados.
Transeuntes... Indiferentes.
Completos... Metropolitanos.
Concretos... Humanos...
Ritmos incomuns,
Separados e unidos.
Dividindo e disputando...
... Espaços...
Ora aqui, ora ali...
Formando um passo em comum.
Ora, todos por um...
Ora, cada um por si!

* * *
©Marks 2007 – 18’Outubro

CÚMPLICESMarcelo MarquesCulpados ou inocentes; quem poderá nos julgar?Um dia O Mestre falou: –Atire a primeira pedra!Mas quem não tiver pecado: Apenas quem não errou!Pesaram as consciências... Pedras ficaram nas mãos.Ligados por nossas falhas, que nos fazem tão comuns,Igualmente tão errados; companheiros coniventes,Cúmplices dos mesmos crimes, das fraquezas da existência,Iguais e tão diferentes... Gerais e tão singulares.Das escolhas que fazemos, desconfiança e temores,Até o arrependimento pelos atos cometidos.Devemos cumplicidade, juntos entre o Bem e o Mal,E aguardarmos A Verdade: –Nós no Juízo Final!* * *©Marks 2008 – 29’02
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Nome do Poeta: PAULO FRANCO
Cidade Natal : Santo André
Professor de português e poetaEndereço de e.mail para contato: assessoriadeimprensa@ajato.com.br
Livros Publicados:
1995 – NOTAS DAS HORAS - Scortecci Editora
1998 – PÉTALAS DE INSÔNIA - Cranchi Editores
2001–PAISAGENS DO OLHAR- Alpharrabio Edições
2007–DO OUTRO LADO DO OUTRO – Espaço Editorial

POESIAS:

OLHARES
Olhamos de lado
e nos olha o outro,
mudo, num mundo surdo,
a nos espreitar
como se um espelho fosse
a representar,
talvez,uma outra parte do que somos.
E profundamente
vasculhamos o outro lado do outro,
a nos procurar.
E olhares outros repartimos na escuridão
pra clarear a multiplicidade de sentidos
no que olhamos.

Olhares que são grãos de areia
no infinito da procura.
Mar de buscas nestes prantos.
Acalantos pro sonhar
que no horizonte perde-se entre encantos
sem ter cura.

E para nos encontrar do outro lado
do que imaginamos que vemos neste vai e vem,
olhamos desesperançados do outro lado da rua
como o prisioneiro que transcende
para a liberdade que não tem.

E do outro lado o outro nos olha de lado,
disfarçando o sentimento como lhe convém,
procurando nos olhares que se perdem
o mesmo intrigante achado
que o outro procura também.
(Do livro DO OUTRO LADO DO OUTRO)

O BANCO
Hoje, poderia ter feito planos,
contado estórias,
contado os dias
que arquitetam anos.

Poderia ter feito charme
ou me escurecido
em um depressivo verso branco.
Poderia ter mastigado calmante,
folheado minha estante,
mas hoje só fiz um banco.

Sim, um banco destes de se sentar,
um banco destes de antigamente,
feio,
que nem cabe no lirismo dos meus versos.

Hoje, poderia ter feito
qualquer outra coisa,
mas fiz um banco.
Amanhã, quem sabe faça um jardim.

Apetrecho fútil
parido de mim
que não me encontro.

E interessante
que nem mesmo preciso
de um banco.
Nem mesmo preciso-me.
(Do livro PAISAGENS DO OLHAR)

A MARIPOSA
A mariposa,
de vida breve,
pousa em minha sala
atormentada
pela luz da tela da TV
que me atormenta
reprisando o que não quero ver.

A mariposa
satiriza a minha pose,
as minhas posses
e minha fortaleza suja.

As minhas ambições,
a minha alma,
a minha vala,
a minha sala estática
de apática que é.

A mariposa,
de vida breve,
das minhas décadas
de vida afã,
ri.

Ala pela sala
e da janela
a liberdade ganha
a escapulir da minha cela
como quem tem pressa
porque ainda sonha.
(Do livro DO OUTRO LADO DO OUTRO)



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Nome: Cleber Bianchi
Cidade: TaubatéAcadêmico, Professor de Língua Portuguesa, Poeta e Escritor
Publicações:
Poemas - 6ª Antologia Poética da Universidade do Vale do Paraíba
5ª Antologia Poética da Universidade de Taubaté 'Poetas Vivos'
Antologia de Contos - Contos Dispersos (CBJE)
Antologia Poética - Poemas Perversos (CBJE)
Livro de Poesia - 'Poemas de Verdade' ( Aguardando proposta de Editora)
Romance - 'Segundo os Olhos de Quem Vê' - (romance urbano cotidiano que aborda temas em questão na atualidade - religião, fé, misticismo, cultura, família, morte, traição, amor, vingança, crimes e a eterna briga entre o bem e o mal).

POESIAS

ANTROPÓFAGO AMOR
Amor é um lirismo abastado em fantasia
Declamada serenata,
Poesia.
É fortuna hereditária
Colorida nos álbuns, lembranças de família.

Velho abraço de um pai,
Olhar de mãe que nunca cansa
Amor é isso e mais aquilo
No sorriso da criança

É ponteiro que dança na vida-relógio,
É o fato do ato, dar sem receber
Dança de almas, encontro melódico
Amor é a união da fome com a vontade de comer.

VIDA PASSARINHEIRA
Passareia ó pássaro que és vida
e passas em asas velozes
do tempo que voa e entoa linda canção.
Sejas livre enquanto vive
e plane sobre lembranças respiradas
na saudade do sol do luar.

Se neste caminho que percorres
trombas d’água vos infortunar,
abriga-te num coração perdido
onde carinho serás fartura recíproca
em que o amor há de se multiplicar.

As penas de tuas asas aos poucos cairão.
Entregue-as aos filhos dos teus filhos
que, em relicário ósseo ou
no abraço apertado, as guardarão.

Quando estiveres pousando
nos últimos jardins do teu destino
e ouvindo estiveres o canto dos teus filhos
e as passarinhagens dos filhos destes,
acalma-te em teu canto

Sintas...
...a santa brisa
que sopra...
sorridente...
suave...
serena.

Perceberás
enfim,
que teu descanso, contigo, voa em paz.
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NOME DO POETA: FABIANO GARCEZ

CIDADE NATAL: São Paulo

Professor de português e poeta

LIVRO PUBLICADO

Poesia se é que há.( lançamento no próximo dia 26/04/2008 às 17:00, na Casa de Cultura do Tremembé)


A foto, ele só me mandou grudada com a mulher.coisas de recém casados hehe. eu cortei uma , mas não sou tirar a parte branca. vc tenta? rsrsrs
(to enviando só uma poesia dele, porque é muito longa)

SÃO PAULO

Planalto de piratininga,
País dentro de um país,
Túmulo do samba, locomotiva do Brasil
E terra da garoa

Esta é São Paulo
Onde se encontra
O guri, o piá, o garoto e o moleque
Que ficam à toa

São Paulo do pobre paulista
Dos albergues do centro,
Do jardim angela, guianazes,
jardim joamar e jova rural

São Paulo do rico paulista
Da vila Madalena, Pinheiros,
Moema e Avenida Paulista
Símbolo do capital

Os carros da vinte e três
Os prédios da Faria Lima
E os pedestres da barão

Da galeria do rock
Do largo São Bento
E a Ipiranga com a São João

A noite eu rondo
A cidade iluminada
Tudo posso encontrar

Sempre disseram
Que São Paulo
Nunca pode parar

Ra ta ta tá o metrô
Vai passar e te levar
Do norte ao sul
E de leste ao oeste

Trem, ônibus, táxi,
Motos, helicópteros
E a ponte aérea
na maior capital do nordeste

O punk da periferia
Da Freguesia foi ao Brás
A convite do Ernesto

Faixas, placas e bandeiras
Ruas interditadas
Em dia de protesto

São Paulo das marginais,
Pontes, viadutos,
O elevado e a radial

São Paulo dos marginais
Pedintes na rua
Do bom e o mau policial

Rebelião na Febem
Hospitais lotados
Briga de torcidas
E enchentes

Shoppings, cinemas,
Teatros, shows
E restaurantes
de todos os continentes

Alguma coisa acontece
Em qualquer esquina da cidade
Sou paulistano com felicidade

Assim é o Tom seu Zé
Apesar de todos os defeitos
São Paulo te carrego no peito.
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Airton Mendes
Nome do poeta: Airton Gonçalves Mendes
Cidade Natal: Santo André - SP. É profissional liberal e poeta.
E-mail: airtonmendes44@hotmail.com

Suas poesias estão disponíveis no Blog: poesiapoisepoisvamos.blogspot.com

Poesias:

MENSAGEM PRA VOCÊ

COMO DECIFRAR-TE
À BEIRA DO ABISMO PROFUNDO?
COMO ENXERGAR-TE
COM OS OLHOS DESTE MUNDO?

HISTÓRIAS DIFERENTES
TALVEZ OS MESMOS CAMINHOS
QUEM SABE, AS MESMAS CARÊNCIAS
TALVEZ OS MESMOS CARINHOS

COMO É DIFICIL SENTIR, PERCEBER, ENTENDER.
O FIO DA HISTÓRIA QUE MOVE AS PESSOAS.
EM NOSSA ANSIEDADE EGOISTA SÓ VEMOS
O QUE NOS MACHUCA, NUNCA COISAS BOAS...

MAS, QUEM CRIOU O ABISMO,
EM QUE NA BORDA ME VEJO?
DE QUEM SÃO OS OLHOS,
COM OS QUE, AGORA TE CORTEJO?

TALVEZ...

A ÚNICA MANEIRA DE NOS DECIFRARMOS, ENXERGARMOS...
SEJA A REVELAÇÃO MÚTUA DA NOSSA HISTÓRIA
A AMIZADE PLENA E SEGURA
QUE VEM ANTES DO PRAZER,... A GLÓRIA!!!

Outubro/2004
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Nome:- Vera Lucia Godoy Correia.
Profissão: - Professora da pré Escola e do Ensino Fundamental, no Município de Osasco e poetisa.
Natural de Osasco.

Livros Publicados:
"FRAGMENTOS" - Ed. Scortecci - 1995.

"ENCONTROS "- Publicação independente. 1996

"HAIKAIS, IMAGENS PARA VER E SENTIR" - Publicação Artesanal. 1998.
Ilustrações feitas em xilogravuras pelo artista plástico Susumo Harada.

"FRUTO MADURO" - Ed. Socortecci - 2004.

Alguns Haikais:

Nada impedirá
De buscar no galho alto
O beijo do sol.
-x-x-

Entre o sal e o céu
Tempestades de inverno
Arrepiando o mar.
-x-x-

Folhas bailando
Doce dança do vento
Suave momento.


-x-x-

Crepúsculo frio
Cigarra despede-se
Cai a última folha.

-x-x-

Vento de outono
Sopra devagarzinho
Pardais no ninho.

-x-x-
Caminha lento
O homem envelhecido –
Saudade pesa.


-x-x-

Canário morto
Essa gaiola fechada
Não te prende mais.


-x-x-


Na noite verão
A lua no céu de março
Refletida no chão.

-x-x-

Tristeza na rua
A chuva levou tudo
A ilusão também.


-x-x-

Sol na paisagem
Privilégio de quem vê
Amplidão de luz.
-x-x-

Vera Lucia.
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WILSON GORJ , poeta e compositor de micro narrativas, de Aparecida do Norte-SP.


LIVROS

Sem Contos Longos, composto por 100 micronarrativas.
- Antologias Contos de Algibeira - editora Casa Verde (RS),
- Entrelinhas (com lançamento previsto para maio/2008 - editora Andross (SP). Na Internet, tem microcontos publicados nas revistas virtuais Minguante (www.minguante.com) e Veredas (www.veredas.art.br) e nos sites Releituras (www.releituras.com) e Simplicíssimo (www.simplicissimo.com.br), além de publicá-los em blog’s e comunidades do gênero.
- É colunista do Jornal O Lince (www.jornalolince.com.br), no qual mantém uma coluna dedicada a minicontos.



Algumas micro narrativas do autor.


Era um sujeito indefinido.
_ Quem?
Alguém.

-x-x-x-

Estive com ela na Quarta-feira Santa.
O carnaval já tinha virado cinzas, e nós dois ainda pegando fogo...

-x-x-x-x-

Entregou-se ao mar de corpo e alma.
Infelizmente, só foi aceito pela metade.
As ondas devolveram o corpo à praia.

-x-x-x-

Ao longo do caminho, foram caíndo suas lágrimas.
Uma formiga se afogou

-x-x-

Melhor o suicídio. Con-corda?
.Concordou. E enforcou-se.

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Nome Artístico: Marcos Poeta
Nome: Antonio Marcos Madeira MagalhãesNatural de Pires do Rio - GOResidente e domiciliado na cidade de GuaratinguetáAtualmente participa de Antologia Poética Patrocinada pelo departamento de cultura de Guaratinguetá Poeta, premiado com Menção Honrosa na Fase Regional do Mapa Cultural Paulista com a poesia
"Posia de Asfalto"
email. Para contato: marcomagalha@hotmail.com

Poesia de asfalto

Sob o sol escaldante do meio dia
onde os pneus parecem se derreter
com o asfalto,
mas não menos que a sola das minhas sandálias
Recordo-me daquela noite de frescor,
onde os faróis pareciam vaga-lumes
seguindo levemente,
iluminando a todos que estavam a sua volta.
Parei; porém como uma árvore
não criei raiz.
E se todos parecem andar na contra-mão,
quem está errado?

Marcos Poeta

Poesia de Presídio


O concreto cinza do presídio é tão meu,
quanto a cerca de arame farpado
que separam as vacas.
E ainda assim no banco no meu carro
olho pela janela e vejo, ouço.
Vejo o céu azul,
Tão azul quanto as faixas dos veículos
que os conduzem.
Ouço o canto dos pássaros
ecoando os murmúrios e lamentações
daqueles que estão engaiolados.
E quando fortuitamente meus olhos
se chocam com o espelho do retrovisor,
me encontro ali,
sentado, calado,
tendo inspiração!

Marcos Poeta
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Nome – Adriana Vieira Bastos
Natural de Passa Quatro, MG
Escreve no site www.anjosdeprata.com.br desde 2002
Participou da 4ª. ANTOLOGIA DOS ANJOS DE PRATA, editora e Gráfica Vida & Consciência
5ª. ANTOLOGIA DOS ANJOS DE PRATA, editora Linear B, gráfica e editora
6ª. ANTOLOGIA DOS ANJOS DE PRATA, editora Linear B, gráfica e editora.

Email para contato:adrivbastos@hotmail.com




ALITERANDO O P E O B



Brasil, Brasil, puta que pariu...


Político prostituto, político parlapatão.
Pensa e pratica todo tipo de corrupção.
O brasileiro, bobo e abestado,
Parece que puxou um baseado.


Brasil, Brasil, puta que pariu...


Político prostituto, político paspalhão.
Prolifera a belicosa competição.
Bate-boca pra cá, bate-boca pra lá,
E o povo sem piá, banca todo o bafafá.

-x-x-x-x-

SINAIS!




Na interrogação, as incertezas
Na exclamação, a constatação
No ponto e virgula, o relaxar
No entre aspas, o sentimento
Nas reticências, a entrega
E descarta-se o ponto final...

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Thiago Birocchi
Um jovem poeta, historiador mais pra contador de estórias.
Natural de Campinas e atualmente radicado em corpo, na Cidade de Franca-SP.
Cabeça e sonhos espalhados pelo mundo.
-Dono de uns versos que vagueiam do etéreo ao concreto...
Centrado no certo e determinado, sem perder a trilha dos sonhos...
Este éThiago... um poetinha simples. Não nos versos, mas na maneira de consumir devagar e deliciosamente, a vida...
(por Maria Eugênia)

Email para contato: thibirocchi@hotmail.com

POESIAS

Ato Político

Vida política...
Vida estática.
Vida crítica.
Vida apática.

Não sei mais o que fazer com meu desespero,
Não tenho mais estômago pra mais lamento.
Não sei se vou, se espero,
Mais dor, mais tormento.

Quais são os presságios, sumo sacerdote?
Devo ir para lá ou para cá?
Devo ser herói, pedra, coiote?
Correr, mijar, vomitar, me afogar?

Diga-me Deus, por que(m) lutar?
- Só sei que não é pelo Diabo -,
Qual rumo, oh Senhor, devo tomar?
O que devo fazer pra ser por Ti amado?

Cede-me forças pra lutar por tua cruz,
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo,
Que serei vivo, feliz, enquanto
Minhas mãos disseminarem Tua luz!
Anda-te Senhor pois o capeta não dá trégua,
E a justiça dele é cega!
Fiz muita burrada nessa vida,
Bem sei que minha dor é merecida
Mas bem que o Senhor podia me dar uma ajudinha...
O que quereis de mim em troca?
Se for minha alma, considere-a vossa!
Se for minha carne, já não é mais minha!
Somente uma última coisa preciso saber:
Para partir e por Tua vida me doar
Para fazer-me semelhança a Teu Ser,
Onde posso meus sonhos enterrar?

Andarilho(Thiago Luiz)
08/06/04

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PAULO ALMADA – Poeta de guaratinguetá
NOME DO POETA : Paulo Celso Pelucio de Andrade Almada
LIVRO PUBLICADO
“Vou me Transformar”
Livro de poesia e arte ilustrativa
(de versos curtos e muita arte visual)
Email para contato:
pauloalmada@yahoo.com.br

Poemas

Vou me transformar
pro outro me ver
e transformar o outro.
E o outro que ver
vai transformar o outono...

e então, meu amor,
eu vou poder (finalmente)
te olhar daquele jeito.


* * *

miséria porca e desgraçada
produz (nunca pára)
tuas donzelas urbanas com teus corpos de sopro
pros teus malandros vívidos e queridos
e pro meu choro.

* * *

danço
no silêncio da música
vivo
no vazio do tempo
exijo de meu corpo mais
mais
até que ele caia como uma folha
(que cai, mas que fica)
faço isso por ele
por mim
e por ti.

* * *
Do ponto em que quase parou,
pegue e leve adiante.
Assim mesmo, sobre o abismo
(abismo que é o teu olhar
abismo que é a sensação de estar junto de ti)
os deuses ficam espantados
os tiranos quietos
seres invisíveis dançam a dança das águas e das lágrimas
a vida vem como o vento.

* * *

o pai ensina para o filho
o ofício
que já é arte nas mãos do pai

o ofício
vai se redescobrir como arte
nas mãos do filho

...fazer o pão, servir gentilezas,
entortar o ferro e a madeira...

como são tantos os segredos
que fazem as coisas deixarem de ser coisas
pra virarem essência
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Nome do poeta:Luiz Bombonati
Formado em publicidade, filho da "PUC", nascido e criado na Pompéia, onde moro até hoje.
Trabalho com construção de casas
Eu sou um ser que busca a Liberdade, tendo a Verdade como razão e a utilidade no meio como objetivo.

Email para contato. luizcbsm@terra.com.br


LIVRO PUBLICADO
Antologia 2005, dos poetas virtuais
Editora:Meireles Editorial

Mulher

Mulher que encanta, faz-me arder.
Desejos explícitos, oculto viver.
Noites terrenas, viagem ao sol.
O mar em teus olhos, meu arrebol.

Pensar em querer-te, não mais pensar.
Querer ter-te, não só querer.
Ter-te envolta, inteira em meu ser.
Envolver-te em meu corpo, estar em você.

Tua pele clara, manchas de onça.
Carícias plenas, coloridos de mel.
Alvéolos precisos, robusto cordel.
De histórias futuras, nós dois sem papel.

Raios de sol, rebuscados ao vento.
Pêlos dourados, em todo esplendor.
Desta alma menina, mulher sem pudor.
Teus poros encharcados, salpicando furor.

Seios repletos, meu maior prazer.
Corpo trêmulo, explodindo querer.
Negror oculto, ocultando tua essência.
Tuas coxas ardentes, carícias obscenas.

Mais que desejo, te quero para mim.
Sentir este fogo, emanado de ti.
Banhar-me no suor, que escorre em teu ventre.
Beber de teu leite Mulher, vem... Alimente-me





Sonhos de Menino



Das margens via a vida
Sonhos de menino
Inundados de magia

Nas águas o céu desenhava
Nuvens cortadas pelas asas
Da corruíra a bailar

Risos infantes
Alegria por alegria
Arrepios do mergulho gelado
Refresco do sol escaldante

Meninos e meninas brindando
Aos gritos a fantasia
Escorrendo entre meus dedos
Na forma cristalina

Doces fios d’água
Dourada, a luz refletia.
Sons rabiscando o futuro
Sementes da minha vida
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Lúcia Sartório
Nome da poetisa: Lúcia Aparecida Valadares Sartório.
Cidade Natal: São Bernardo do Campo - SP. É cientista social, professora, pesquisadora e poetiza.
E-mail: luciavaladares@uol.com.br

Suas poesias estão disponíveis no Blog: poesiapoisepoisvamos.blogspot.com

Em 2004 organizou o Sarau: Chico Buarque: político e poético; em 2005: Sarau: Para ouvir falar de amor com Cartola, Noel, Lupicínio e outros poetas e o Sarau: Um grito de liberdade; Em 2006: Sarau: Uma flor nasceu na rua! Em homenagem a Carlos Drummond de Andrade.

Poesias:

Nosso Amor Perdido de Cada Dia

Enquanto olho minha indiferença
diante do amor que me mata,
penso no abandono do amor
de todos nós.

Estranho sentimento.
Sentindo a incapacidade da conquista
furta-se da entrega.
De antemão, silencia a paixão
fogo da alma, chama da vida.

Tristes homens contemporâneos
que somos!
Perdidos nas formas e nas cores,
aprisionados na alma retilínea,
sem brilho e sem tremor,
fugimos do amor como o diabo foge da cruz.

Não será o orgulho exacerbado
posando de feiticeiro entre o coração e a mente,
impedindo a liberdade de adentrar ao próprio peito?

Dezembro/2000
* * * * *
Breve expressão sobre o amor

Sofro em silêncio por amor,
depuro os meus erros e
dispo-me de minhas grandezas.
Enfim, preciso de ti!
preciso do teu beijo e dos teus olhos,
das mãos que percorrem os meus cabelos.
Já não é possível sustentar os meus pés,
pois faltam-me as tuas palavras!
Minha vida ficou vazia e aguarda
as cores do teu sorriso.
Novembro/2002
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Nome: Adílio dos Santos
Cidade Natal: Visconde do Rio Branco - MG
Biografia: Atua e escreve teatro.

Livros
Minha Vida é Um Palco Iluminado
Editora: edição independente, impresso na Pluspap Gráfica Ltda.

Paixão e Amor na Literatura(antologia)
Editora: Casa do Novo Autor Ltda

Outras Formas de Divulgações
http://recantodasletras.uol.com.br/autores/adiliodossantos

POEMAS SOLICITADOS

O meu pai
O meu pai é um velho careta,
Mas, é o meu pai.
O meu pai não me deixa ouro nem prata,
Mas, é o meu pai.
O meu pai tem múltiplos defeitos,
Mas, é o meu pai.
O meu pai é de poucas palavras e de muitos sentimentos,
Além disso, é o meu pai

Amanhã também?
Ontem tive oportunidade de beijar minha mãe;
Não o fiz.
Deixei de abraçá-la a meio de tantas oportunidades.
Nenhuma palavra de carinho a ela eu disse.
Para quê, se dela eu tinha tudo?
Hoje, beijá-la não posso;
Abraçá-la não alcanço;
Mas, palavras de carinho digo aos montões,
Sem saber se ela as ouve.
Consola-me a certeza de seu amor,
Ontem, hoje, e amnhã também?

Lembro, com felicidade
Seu nome Catarina ou Catharina?
Não sei. Mas, isso não importa.
Idosa?
Não. Amadurecida.
Bonita?
Que diferença faz? Muito bondosa.
Onde a conheci?
Na Rua Maria Cândida.
Quando?
1957.
O que fazíamos lá?
Eu cursava o segundo ano de grupo escolar.
Ela, minha professora.
Catarina, sua foto
Acha-se guardada com meus pertences
De recordação, sua imagem,
Gravada no meu subconsciente.
Em seu nome, beijos
A todos os professores,
Neste outubro de 1997.

Só para Ela
Lê aquilo que escrevo com dedicar
Guarda os meus escritos com esmero
Apanhá-los de volta ainda me atrevo
Relê-os, na volta, sem reclamar

Sem se aborrecer, guarda-os novamente
Zela para que não se perca nada
É bondosa, amiga, calada
Cuidadosamente é vigilante

É chegada a hora da recompensa
Através destes punhos sem destrezas
Século, demais tarde, vida intensa

Minha tinta cor azul ou preta
Desejo registrar suas belezas
Falo de você, suprema gaveta.

Te dei, te peço
Meu filho, já te dei tapas, gritos e xingos.
Disso te peço:
_ Desculpa-me
Meu filho, já te dei abraços, beijos e carinhos.
Disso te peço:
_Não te esqueças